quarta-feira, junho 15, 2016

Rua escura

A música não era boa, o cão cantava um bocado mal.
A chuva caía ao contrário, subia em direcção às nuvens.
Os carros estavam todos estranhamente parados.
As pessoas sorriam, traziam as respectivas caras parvas e iguaizinhas umas às outras.
Eu tinha a tua imagem na carteira mas tu não estavas ali.
Os prédios deslizavam, discretos nas suas fachadas lisas.
Se isto fosse um sonho havia de acordar encharcado e a gritar o teu nome no escuro.

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