sexta-feira, junho 21, 2013

Apocalipse (ainda não)

A Revolução Industrial começou a mostrar aos seres humanos como poderiam ser substituídos por máquinas na produção de bens de consumo. A Revolução Informática mostra-nos como somos, cada vez mais, dispensáveis. Os seres humanos estão a mais no seu próprio mundo!

Ainda assim, muitas indústrias continuam a apostar na mão-de-obra humana. Como os custos dessa mão-de-obra são dispendiosos, os donos das fábricas "deslocam" os seus locais de produção. As fábricas são colocadas em países onde a democracia nem sequer chega a ser uma miragem, explorando  a fome, a pobreza e a ambição de uma vida melhor de multidões de trabalhadores sem direitos. Exploração do homem pelo homem na sua versão mais pura e mais dura.

Hoje surgiu-me uma pergunta: e quando, também nesses países, a Revolução Informática for uma realidade? Quando não houver outros países pobres para "deslocar" a produção? A crise que agora vivemos no Mundo Ocidental terá de alastrar inevitavelmente. Os custos de produção irão subir nos países onde, agora, são atractivos para os exploradores.

Com a população humana a aumentar de forma imparável, com a exploração de recursos a atingir níveis próximos do insustentável, com o alastrar da consciência dos direitos individuais... o balão enche e incha até quando? Até não haver mais mundo para explorar?

Será aí que o termo "apocalipse" vai fazer sentido?

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